sexta-feira, 19 de junho de 2009

O pão não cai do céu

O título deste post foi roubado do título de um dos livros de José Rodrigues Miguéis.
Mas para algumas pessoas parece que esse é mesmo o seu modo de vida. Há uns meses atrás apareceu uma senhora na piscina do Ateneu Comercial de Lisboa, às portas de Santo Antão, mesmo ao lado do Coliseu, onde eu nado e ginastico o meu balofo corpinho.
Dizia eu, apareceu por lá uma senhora que várias vezes por semana ia para a piscina, entrava na água sem dizer nada a ninguém, nem sequer um boa tarde e ficava a fazer fosquinhices na água, como se fosse mais um utilizador da natação livre. Um dia, passado uns 2 meses, resolveu ir ter com a professora e perguntar-lhe se ninguém lhe dava aula! A senhora foi lá durante 2 meses, nunca disse nada a ninguém, entrava na piscina sem sequer perguntar para que pista poderia ir e começava a nadar (não era bem isso, mas não sei que nome chamar) e no fim sai-se com aquela, como se toda a gente tivesse que advinhar que ela não era utilizadora da natação livre, mas aluna de aulas com professor.
Na semana passada realizou-se mais uma exposição de modelismo ferroviário na Junta de Freguesia de São João. Para além da maquete instalada e de workshops estava prevista uma feira de trocas, a qual acabou por ser um fiasco por não ter aparecido ninguém ou quase ninguém. Na segunda-feira (um dia depois da exposição terminar) vi num fórum em que participo a queixa de alguém que tinha tido pena que não tivesse havido feira de trocas porque ele até tinha material para negociar! Quando outro dos participantes lhe perguntou o porquê de ele não ter exposto o material a resposta foi esclarecedora:
Eu ainda levei e tinha tudo no carro, mas como ninguém havia falado comigo e mais ninguém tinha material, reservei-me.
Uau! A ver se eu entendi bem. O tipo tem coisas para trocar/vender. Leva-as todas, mas deixa-as no carro. Chega à exposição e fica, pelos vistos, à espera que alguém da organização olhe para ele e pense "Eh pá, aquele gajo tem cara de quem tenha o carro repleto de material para a feira de trocas".
Pois é, o pão nunca cai do céu. E se o querem papar terão que se chegar à frente.

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