Rua estreita, carros estacionados do lado em que circula, pé no acelerador. Que chato, vêm carros em sentido contrário. Pé no travão e com força! Ainda deu! Não passei antes dos outros carros mas ainda parei antes de bater nos carros estacionados. Que se lixem os gritos que oiço atrás de mim.
..............................................................................Dia p
Rua estreita, a descer e com curva. Pé no acelerador. Que chato, um autocarro em sentido contrário. Pé no travão e com forçaaaaa... Não vai dar! OK, subo o passeio, mas não bati no autocarro e também não ia ninguém a passar pelo passeio.
..............................................................................Dia r
Rua de largura normal, ligeira subida a seguir a uma curva, com uma passagem de peões, piso molhado devido à chuva que acabou de cair. Que chato, está um peão já no meio da faixa de rodagem! Ainda por cima é daqueles velhos que não se mexem. Pé no travão. Rodas bloqueadaaaaaaas (merda para a chuva)... OK. O velho deve-se ter borrado de medo, mas consegui parar ainda antes de lhe ter batido.
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Dia z
Rua com ligeira descida. Paragem seguida de semáforo que está fechado. Deixar o veículo seguir desengatado a 5 km/h ou menos a ver se o semáforo abre. Que chato, a porra do semáforo não abriu. Pé no trav... Não, é mais giro puxar logo pelo travão de estacionamento! Novamente, que se lixem os gritos que oiço atrás de mim.
..............................................................................(extractos do diário de um tripulante da Carris)
Esclarecimento: não quero com isto dizer que todos os tripulantes da Carris são assim. Felizmente que há óptimos profissionais nesta empresa. Mas, convenhamos, andando eu apenas 10 a 12 vezes por mês de autocarro, é muito estranho que na maioria das viagens que faço de autocarro tenha sempre coisas destas para contar!