Refiro-me a Gonçalo M. Tavares.
Aquilo a que eu, no post anterior, me referi como "história interessante" passou a ser uma coisa que nem atava nem desatava e que, subitamente, acabou. Enfim, "acabou" é uma força de expressão, porque na realidade o que acabou foram as palavras. A história, para mim, ficou sem fim, um bocado como todos os filmes de David Lynch (ou quase, exceptua-se o Homem Elefante).
Fiquei com três dúvidas:- A tal medição de 9 centímetros e 26 milímetros, que são "menos" que 10 centímetros, resulta de um erro tipográfico ou foi mesmo o autor que escreveu aquilo?
- O livro acaba mesmo como acaba ou o encadernador esqueceu-se de algum ou mesmo vários cadernos?
- Tendo o autor ganho tantos prémios, nacionais e internacionais, residirá o problema em quem o leu?
Relativamente às duas primeiras questões, a solução passa por ir a uma livraria e folhear outro exemplar, de preferência de outra edição (a que li era do Círculo de Leitores).
Já para a última limito-me a encolher os ombros e a pensar que é mais um caso como o que experimentei (agora diz-se vivenciei, não é?) com Mia Couto: (quase) todos me dizem que é espectacular, mas eu achei que o que li foi uma perda de tempo e de dinheiro (sim, porque nesse caso fui eu o comprador).
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