Depois do Terminal de Contentores de Alcântara segue-se o Terminal de Contentores de Santa Apolónia/Xabregas (TCSA) e o Terminal Multipurpose do Beato (TMB)! A Câmara Municipal de Lisboa (CML) preocupada com o impacto paisagístico da nova ponte aparece agora a defender que a mesma deveria ser baixada 5 metros e entrar em túnel nos terrenos da Escola Secundária (ex-Industrial) Afonso Domingues!
Baixar em 5 metros a altura da ponte?
Se a proposta feita anteriormente já causava problemas às operações portuárias, havendo até especialistas que afirmavam que a ponte apresentada por essa proposta já era mais baixa que a Vasco da Gama, a CML agora apresenta uma nova "solução" ainda mais baixa? Sempre pensei que as pontes iam baixando de altura à medida que nos deslocavamos para montante de um rio, mas aparentemente não! Baixando a ponte em 5 metros que impactos terá isso na actividade portuária? Conseguirão os navios chegar ao TMB? É que o traçado da ponte passa precisamente pela entrada desse terminal! Ou será que esse terminal é para acabar? E para o TCSA, que fica a jusante da ponte, mas encostado a ela? Conseguirão os navios fazer ou ter espaço para fazer as manobras de atracagem? Para os que não sabem, essa manobra é feita em função da maré, atracando sempre com a proa virada contra a corrente. Quando a maré está a subir os navios que entram no Tejo são obrigados a virar e isso precisa de espaço!
E tirando esses tais 5 metros, que impacto terá isso na paisagem e na cidade? Uma ponte mais elevada não terá menor impacto que uma mais baixa? E não ficará mais junto às casas e tudo o mais que existir nas margens? E isso não implicará derrubar mais coisas do que aquelas que já iriam abaixo com a outra proposta? Que impactos teria tudo isso na zona de Xabregas e Beato? E já agora, o túnel seria para quê? Para a linha de comboio ter que descer para depois subir?
E tudo isto porque antes da actual vereação existiu uma outra que criou uma "embrulhada daquelas" nos terrenos da antiga fábrica de sabões na Estrada de Marvila, local de onde poderia sair o acesso à outra alternativa a esta ponte, sendo que com essa solução poder-se-ia, finalmente, construir uma verdadeira estação terminal ou central de Lisboa nos terrenos que existem no Vale de Chelas e que são do domínio público ferroviário (há sempre o perigo de uma Gare do Oriente II). Em caso de dúvidas quanto a isso sugiro uma viagem de comboio entre o Areeiro e Braço de Prata. A seguir ao Areeiro, do lado esquerdo, reparem numa vedação verde que fica junto à linha e que marca a "fronteira" entre os terrenos da Refer e os restantes. Uns metros mais à frente repararão que essa vedação passa para o outro lado do vale, indicando que tudo o que está nesse espaço é da Refer! Continuando a viagem, a seguir a Chelas e depois de se passar numa zona de trincheiras repararão no descampado com vista para o rio que fica à direita do comboio. Esses são os terrenos da "embrulhada".
E assim se faz um país. Será que isto é um país com futuro? Eu acho que não. Um país que vive ao sabor do vento e de quem pode "comprar" mais vale acabar. Tal como querem fazer em Lisboa mais concretamente na sua zona oriental e no seu porto comercial!
Baixar em 5 metros a altura da ponte?
Se a proposta feita anteriormente já causava problemas às operações portuárias, havendo até especialistas que afirmavam que a ponte apresentada por essa proposta já era mais baixa que a Vasco da Gama, a CML agora apresenta uma nova "solução" ainda mais baixa? Sempre pensei que as pontes iam baixando de altura à medida que nos deslocavamos para montante de um rio, mas aparentemente não! Baixando a ponte em 5 metros que impactos terá isso na actividade portuária? Conseguirão os navios chegar ao TMB? É que o traçado da ponte passa precisamente pela entrada desse terminal! Ou será que esse terminal é para acabar? E para o TCSA, que fica a jusante da ponte, mas encostado a ela? Conseguirão os navios fazer ou ter espaço para fazer as manobras de atracagem? Para os que não sabem, essa manobra é feita em função da maré, atracando sempre com a proa virada contra a corrente. Quando a maré está a subir os navios que entram no Tejo são obrigados a virar e isso precisa de espaço!
E tirando esses tais 5 metros, que impacto terá isso na paisagem e na cidade? Uma ponte mais elevada não terá menor impacto que uma mais baixa? E não ficará mais junto às casas e tudo o mais que existir nas margens? E isso não implicará derrubar mais coisas do que aquelas que já iriam abaixo com a outra proposta? Que impactos teria tudo isso na zona de Xabregas e Beato? E já agora, o túnel seria para quê? Para a linha de comboio ter que descer para depois subir?
E tudo isto porque antes da actual vereação existiu uma outra que criou uma "embrulhada daquelas" nos terrenos da antiga fábrica de sabões na Estrada de Marvila, local de onde poderia sair o acesso à outra alternativa a esta ponte, sendo que com essa solução poder-se-ia, finalmente, construir uma verdadeira estação terminal ou central de Lisboa nos terrenos que existem no Vale de Chelas e que são do domínio público ferroviário (há sempre o perigo de uma Gare do Oriente II). Em caso de dúvidas quanto a isso sugiro uma viagem de comboio entre o Areeiro e Braço de Prata. A seguir ao Areeiro, do lado esquerdo, reparem numa vedação verde que fica junto à linha e que marca a "fronteira" entre os terrenos da Refer e os restantes. Uns metros mais à frente repararão que essa vedação passa para o outro lado do vale, indicando que tudo o que está nesse espaço é da Refer! Continuando a viagem, a seguir a Chelas e depois de se passar numa zona de trincheiras repararão no descampado com vista para o rio que fica à direita do comboio. Esses são os terrenos da "embrulhada".
E assim se faz um país. Será que isto é um país com futuro? Eu acho que não. Um país que vive ao sabor do vento e de quem pode "comprar" mais vale acabar. Tal como querem fazer em Lisboa mais concretamente na sua zona oriental e no seu porto comercial!
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