Deixei de ver noticiários na TV. Não digo Telejornais, pois isso é um nome registado por um dos canais e os restantes não podem transmitir nada com esse nome, por isso chamo-lhes aquilo que eles são ou deveriam ser: noticiários.
Nos últimos anos estes noticiários engordaram graças a uma concorrência que antes não existia, mas, como tudo o que é gordo, acabam por saturar e enjoar.
O engordanço não se deveu a haver mais notícias, deveu-se apenas às supostas leis do mercado televisivo que, vá se lá saber porquê, dizem que um bom noticiário tem que durar no mínimo uma hora.
E o resultado é o que se vê: muitos faits-divers e reportagens de magazine e, de vez em quando, com umas notícias pelo meio. Para ajudar ainda há a escala de importância: antigamente abriam-se os noticiários com as coisas importantes ou que afectavam o maior número de pessoas. Agora abre-se com qualquer coisa (e durante 10, 15, 20 minutos).
No último fim-de-semana comecei a ver um desses noticiários: começou com futebol. 10 minutos depois largaram o futebol e passaram para Fátima. Aí eu desliguei, pois se em 10 minutos de noticiário o mais importante que havia acontecido tinha sido futebol e Fátima, é porque não devia haver nada de realmente importante para noticiar.
O problema é que assim não soube se abordaram o Fado. Alguém sabe se houve algum concerto da Mariza no último fim-de-semana?
Sem comentários:
Enviar um comentário