Na passada segunda-feira, dia 17, foi anunciado na comunicação social que a Autoridade da Concorrência (AdC) tinha descoberto um cartel na indústria do sal que teria lesado os interesses dos consumidores ao fixar os preços de venda do sal. À conta disso as empresas que participaram nesse cartel vão pagar, no total, perto de 1.000.000 de euros de coimas.
No dia seguinte surgiu outra notícia segundo a qual a União Europeia (UE) descobriu que a banca portuguesa era a segunda mais cara da UE, quer através das comissões que cobra, quer através dos spreads praticados nos empréstimos. Apenas somos ultrapassados pelos gregos.
Se juntarmos a esses custos os dos combustíveis, que cá pelo burgo são dos mais caros de toda a UE, teremos uma bela receita para o fracasso da economia.
As empresas para se modernizarem têm que investir, mas para isso têm que recorrer aos bancos, que, como se viu, são caros. Depois, para funcionar, têm que usar fontes de energia, as quais, por sua vez, dependem dos combustíveis, que, como se sabe, são caros.
Para se ter os preços tão altos é porque a lei concorrência não funciona bem nesses mercados e como nos negócios da banca e dos combustíveis só há meia dúzia de grupos económicos eu começo a pensar que esses preços são concertados. O que leva à ideia de haver um cartel em cada uma desses indústrias. E sendo essas indústrias basilares de tudo o resto, pode-se dizer que elas é que estão a matar a economia portuguesa (e não os ordenados vs a baixa produtividade, como se diz para aí).
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