sexta-feira, 24 de abril de 2009

A insustentável capacidade de aturar pessoas

Sou, confesso e admito, um bicho do mato, um ser anti-social! Admito e igualmente confesso que raramente sinto empatia por pessoas e que essa capacidade está-se a esfumar à medida que os anos passam.
Ainda há pouco tocou o meu telefone. Olhei para o número que aparecia no visor e procurei-o no directório da empresa. Era de uma espécie de pote de veneno de duas pernas que quando passa por mim não é capaz de me falar, mas quando eu estou junto a "graduados" já me fala, muito a contra-gosto. Pois esse pote de veneno ligou-me e eu não o atendi, depois de ter visto quem era. Ligou para outro número aqui na sala e perguntou se aquele era mesmo o meu número. "É que foi feito um pedido e ele ainda não o fez". O pedido foi realmente feito, mas não para mim especificamente. Foi-o para toda a equipa que ultimamente tem andado num stress danado e que não teve ainda tempo de satisfazer o tal pedido.
Fiquei com uma vontade ainda maior de quando me cruzar com este pote de veneno e ele não me dirigir a palavra de o mandar para o «florezinhas» e lhe partir a tromba. Pode ser que assim o pote de veneno perceba que ali vai um tipo que não é criado nem vive afecto a 100% para satisfazer os caprichos de um projecto que na semana que hoje acaba já teve 9 alterações, algumas das quais implicaram uma ocupação temporal relativamente elevada!

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