terça-feira, 28 de outubro de 2008

Por que gostam tão pouco de Xabregas?




Com a história do aumento do Terminal de Contentores de Alcântara apareceram logo vozes a críticar tal obra, devido ao tremendo impacto visual que um terminal daquelas dimensões teria. Aparentemente, essas mesmas "vozes" avançavam como alternativas a Trafaria e/ou o Terminal de Contentores de Santa Apolónia. Para os que não sabem, este último terminal não se situa em Santa Apolónia (apesar do nome), mas em Xabregas. Fiquei foi sem perceber por que razão o tal impacto visual não é tão forte em Xabregas ou na Trafaria como o será em Alcântara. Vivo em Xabregas numa casa virada para o rio e da minha janela vejo toda a margem sul do Tejo desde Cacilhas até para lá de Alcochete. Mais ao longe vejo Palmela e a Serra da Arrábida, deslumbrante nos dias de céu limpo. Será que um terminal como o que se pretende para Alcântara não iria destruir toda esta paisagem?
Para além da paisagem existe também o aspecto ambiental da coisa. A quantas centenas de metros fica a habitação mais próxima do terminal de Alcântara? E em Xabregas? Não sabem? Vejam as imagens tiradas do Google Earth e que anexo a este post. A escala é a mesma nas duas imagens. A amarelo estão os terminais, a vermelho a primeira linha de casas de habitação.
Mas esta história do terminal de contentores não é única em Xabregas. Alguém me consegue explicar qual o motivo para que tenha sido esta a zona escolhida para "esconder" os drogados de Lisboa? Sim, o que se fez ali quando se criaram centros de atendimento e apoio a drogados foi mesmo escondê-los do resto da cidade, já que naquela zona não havia anteriormente problemas dessa natureza. Porque não usaram os armazéns situados na zona das docas de Alcântara e que, por acaso, nessa altura até estavam abandonados? Até ficava mais perto do Casal Ventoso!
Por isso, às "vozes" que se levantam contra o aumento do Terminal de Contentores de Alcântara e o empurram para Xabregas, lembrem-se que:
  1. Ali também há gente
  2. Ali também é Lisboa
  3. Ali também se ama a cidade
E a ver se, de uma vez por todas, começam a tratar toda a zona oriental e quem lá mora e trabalha com o mesmo respeito com que se tratam outras zonas.

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