sexta-feira, 31 de julho de 2009

Pavilhão Atlântico - 30 de Julho de 2009 - 21 horas

Excelente!
É como eu defino o espectáculo de Leonard Cohen a que tive o privilégio de assistir ontem no Pavilhão Atlântico.
Foram 2 horas e meia, com um intervalo de 15 minutos ao fim dos primeiros 60, em que o cantautor desfolhou o albúm de recordações musicais da sua carreira com um vigor que até nos faz esquecer que estamos a ver um homem de 74 anos.
Na retina ficam as suas saltitantes saídas de palco, como se fosse um menino, e aquele sorriso, às vezes quase traquinas, com que brindava o público. E que voz... aos 74 anos!
O naipe de músicos que o acompanha nesta digressão é de primeira apanha (excelentes aquele guitarrista catalão, o soprista e uma das senhoras do coro - que voz - isto, claro, sem desprimor para os restantes 7 - pena não me lembrar dos nomes deles). Não se ouviu uma fífia que fosse.
O som! Que maravilha de som! Quem disse que o Pavilhão Atlântico tem problemas acústicos? Ontem ficou provado que o problema não está no Pavilhão, mas talvez em quem não saiba adaptar o som, principalmente o seu volume, às condições do mesmo. Não se ouviu ou sentiu um feedback ou um eco que fosse. Bastou manter o volume a um nível q.b., sem decibéis a mais, para que a coisa funcionasse na perfeição. E com tudo perfeitamente audível.
Já tenho o CD da digressão, mas depois disto vou também comprar o DVD. Vale a pena!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Não, não sou o único

No Jornal de Negócios Online de hoje vem:

Federação ibérica é ideia que entusiasma mais portugueses que espanhóis
"De Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos" parece ser um adágio completamente desajustado do que pensam hoje os portugueses sobre o país vizinho.


Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt

“De Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos” parece ser um adágio completamente desajustado do que pensam hoje os portugueses sobre o país vizinho.

Segundo os resultados de um barómetro realizado pela Universidade de Salamanca, hoje divulgados pela agência Lusa, os portugueses mostram-se inclusivamente mais favoráveis do que os espanhóis perante a ideia de avançar com uma união política entre os dois países.

Uma eventual federação ibérica é apoiada por quase 40% dos portugueses e por cerca de 30% dos espanhóis inquiridos (com outros 30% a dizerem-se indiferentes).

Quando se trata de avaliar as relações entre os dois países, a opinião maioritária dos dois lados da fronteira é que são boas ou mesmo muito boas, apesar da persistência de contenciosos delicados, nem sempre valorados de igual forma. É o caso do aproveitamento da água dos rios, assunto considerado "muito problemático" por 25,3% dos portugueses, mas apenas por 6,1% dos espanhóis.

Em relação às áreas prioritárias de cooperação, portugueses e espanhóis estão de acordo, ao pôr no topo da lista a melhoria da colaboração policial, judicial e militar.

Também vêem com bons olhos a realização de reuniões trimestrais entre os dois governos (actualmente são anuais), bem como a supressão de barreiras à mobilidade laboral e empresarial. Já a harmonização fiscal surge mais para o fim, e como uma prioridade muito mais reclamada pelos portugueses (60%) do que pelos espanhóis (37%).

Os negócios entre os dois países são considerados relativamente simples, mas em Portugal a visão é um pouco mais pessimista, com 17% a avaliá-los como "muito ou bastante" problemáticos (contra 12% de espanhóis).

As ligações viárias e ferroviárias satisfazem a maioria, com 10,5% dos portugueses dizem serem muito ou bastante difíceis – percentagem que curiosamente duplica em Espanha, com 20,7% a queixar-se das ligações ao vizinho do Atlântico.

Com uma amostra de 876 pessoas (363 portugueses) o barómetro de Opinião Luso-Espanhol foi realizado em Abril e Maio pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Salamanca com o apoio do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa de Lisboa.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Estranho rótulo

Fiquei hoje a saber que em Portugal ainda há glaciares. Pelo menos é o que dá para deduzir de uma garrafa de água do Pingo Doce que diz "Água de Nascente" e por baixo, numas letras mais pequenas "Água de Nascente Glaciar".
Estranhei aquele "Nascente Glaciar" e pus-me a ver as letrinhas mais miúdinhas da garrafa à procura do local da captação. Fiquei a saber que este se situa na "histórica nascente glaciar situada a 1400 metros de altitude no coração da zona protegida do Parque Natural da Serra da Estrela".
Como qualquer nascente glaciar é de águas provenientes do degelo dos glaciares, da próxima vez que for à Estrela irei estar com atenção para ver se vejo o tal glaciar, do qual veio a água que estou a beber neste momento!

Uma agradável surpresa

Sempre tive uma ideia do Windows Vista muito má, com aquele sistema operativo a ser muito pesado, a não trazer nada de novo a não ser mariquices e nada em termos de utilidades e por aí fora.
Com a avaria do meu antigo PC e a consequente compra de um novo acabei por ter que ficar cliente do Vista e, para grande surpresa minha, até nem acho aquilo tão mau como isso.
É certo que consome recursos do sistema que, a meu ver, são excessivos, mas também é certo que traz algumas coisinhas bem interessantes e úteis lá pelo meio. Uma delas é a forma como o sistema lida com os problemas das aplicações (crashes, desliganços, etc.). Ao contrário do que acontecia no XP, que apenas se limitava a enviar para a Microsoft os dados referentes ao problema ocorrido, agora com o Vista há a possibilidade de se receber soluções para essas avarias. Aconteceu-me mais do que uma vez, e se na maioria das (poucas) vezes em que isso aconteceu os programas até eram da Microsoft, ficando, portanto, tudo em casa, numa das vezes o programa que bloqueou não o era, e mesmo assim o Vista foi capaz de ir ao site da softwarehouse que lançou aquele programa e descobrir a solução para o problema (consistiu na instalação de um patch).
Afinal de contas, o Vista até nem é assim tão mau. Pena é que peça tanto do hardware.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Especialização

Costumava dizer que fazia o trabalho que gostava e que tinha escolhido: trabalhar em informática. Contudo, nos últimos anos tenho sentido pelo que faço um desinteresse cada vez maior ao mesmo tempo que sinto uma vontade cada vez maior de dar uma volta de 180º em termos profissionais de forma a fazer qualquer coisa que não tenha que ver com computadores.
Mas quando se passou uma vida inteira (ou quase) a trabalhar e a preparar o caminho para se fazer uma determinada actividade, a capacidade para se dar tal volta é, literalmente, nula.
E assim vou passando os dias, a detestar cada vez mais os computadores, os utilizadores, os problemas que uns e outros criam e a informática em geral, mas sem ver que mais poderia eu fazer para ganhar a vida.
São os efeitos perversos da especialização que a sociedade actual nos obriga.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Obviamente não o renovo

Refiro-me ao passe! Obviamente não o renovo!
Ainda hoje pensei ir de autocarro até Braço de Prata. Chegado à paragem resolvi enviar um SMS para saber quando chegaria o próximo 718. A resposta deixou-me boquiaberto: o primeiro autocarro só chegaria dali a 20 minutos, escassos 15 minutos antes da partida do comboio que eu queria apanhar em Braço de Prata. Como demoro, geralmente, 20 a 25 minutos a pé até à estação optei por essa alternativa. O autocarro passou por mim estava eu já na Fernando Palha (a 5 minutos, a pé, do meu destino).
Fez-me lembrar uma outra ocasião em que fui trabalhar num Sábado. Nesse dia fui para a paragem 45 minutos antes da hora de partida do comboio que eu tencionava apanhar no Rossio e esperei perto de 30 pela chegada de um autocarro que, segundo informações da Carris, deveria chegar, na pior das hipóteses, 13 a 14 minutos depois. Acabei por chegar à Estação do Rossio 5 minutos depois da saída do comboio (e 50 minutos depois de ter chegado à paragem de Xabregas).
Não sei se a culpa destes atrasos é toda da Carris, mas sei que já houve tempos em que estas situações acabavam por ser minimizadas pelo serviço então existente em Xabregas. Agora, com as "melhorias de serviço" (nome dado pela Carris a tudo o que seja "alterações de serviço") adoptadas pela Carris nos últimos anos, a probabilidade de se passar o dobro do tempo (ou mais) numa paragem do que aquele que passamos no interior do autocarro é extremamente elevado.
E, parece-me, isso não ajuda a fidelizar clientes, quanto mais atrair novos!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Quem comanda a vida

Não sei se se deve ao 40º. aniversário da alunagem da Apollo XI, mas o que eu sei é que hoje não consigo tirar da cabeça a Pedra Filosofal. E ainda bem.

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarela voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
Rómulo de Carvalho, sob o pseudónimo de António Gedeão
(retirado do site da Biblioteca Nacional)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Mais um fim-de-semana que passou

Mais um fim-de-semana que passou com algumas ocorrências interessantes e outras que de interesse pouco ou nada têm.
Walter Conkrite, um dos mais prestigiados jornalistas norte-americanos, se não for o mais prestigiado, faleceu na sexta-feira passada, ironicamente na mesma altura em que se celebra o 40º aniversário da chegada do Homem à Lua, facto que ficará para sempre associado à carreira do jornalista.
O Metro de Lisboa resolveu brindar os seus passageiros/utentes/clientes com comboios-mini na Linha Azul, facto que o vírus da H1N1 agradece muito, tal a concentração de passageiros a que as composições de três carruagens obrigaram.
Falando nesse vírus, apareceram mais uns quantos casos de infectados em Portugal, mas, e apesar de tudo, os cientistas e os médicos afirmam que esta estirpe não é tão maligna como outras.
Em Lisboa um prédio na Almirante Reis ardeu, tendo o incêndio começado no piso onde existia uma pensão ilegal, na qual se amontavam imigrantes e outros. Estranhamente li num jornal que parte dos hóspedes encontrar-se-ia lá através do apoio da Santa Casa da Misericórdia! Confusão do jornalista ou o caos a que chegou este país?
Falando em caos, já há mais outro ex-ministro de Cavaco Silva na lista dos arguidos do caso BPN. Quantos mais faltarão?
Mas o mais importante de tudo foi mesmo o facto do meu PC ter ido à vida na sexta-feira à noite! E como a avaria é logo na motherboard, lá terei que ir comprar um nos próximos dias (sim, para mim motherboards avariadas implicam um PC novo).
Foi assim o fim-de-semana.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Candidatos

Um promete mais um túnel, desta vez no Saldanha, o outro promete novas extensões de metro para as zonas norte e ocidental e redes de eléctricos rápidos para a zona oriental.
Quanto aos eleitores, esses deixam-se estar na sua vidinha de sempre, porque de boas intenções...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Será tudo estrada?

Nos últimos anos habituamo-nos a assistir às manifestações auto-elogiosas e narcisísticas da detentora da concessão de exploração de transportes de superfície na cidade de Lisboa. Nessas manifestações, e para além da alegada melhoria da oferta, é sempre realçada a excelente imagem que o pessoal tripulante transmite graças ao rejuvenescimento efectuado nesse período. Como já disse várias vezes, esta é uma afirmação com a qual não concordo, continuando a sentir muitas saudades dos antigos motoristas e muito poucas da maioria dos actuais.
Correndo o risco de me repetir, agora sou capaz de ficar 10 minutos num terminal a olhar para um autocarro parado com a porta fechada e com um motorista lá dentro tranquilamente a fumar, de andar numa autêntica corrida de carrinhos-de-choque, com tantos e tão bruscos arranques e travagens, já para não falar na sempre revoltante imagem de maltratarem as pessoas de idade que não conseguem validar o seu título sem-contacto, mas que quando devem actuar para evitar passageiros clandestinos até viram a cara.
Hoje assisti a uma nova modalidade, na qual tudo é estrada para o motorista: na paragem do Poço do Bispo um motorista na 718 conseguiu atingir com o retrovisor a cabeça de uma das pessoas que estavam na paragem à espera do autocarro!

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Hoje...

... sinto-me chocho!
Nem vontade de rir tenho e quando o faço é com esforço e sacrifício!
E ainda me faltam 8 meios dias para o fim-de-semana!

domingo, 12 de julho de 2009

Parabentear

Comprei na sexta-feira a última edição da revista Visão História dedicada ao 40º. aniversário da alunagem da Apolo XI.
A sua leitura tem-me desiludido. Há erros de paginação e de arranjo gráfico que cortaram parte de alguns parágrafos, tornando a leitura de algumas partes difícil ou mesmo impossível.
Mas para mim, o "melhor" do que li até agora aparece na página 46, num artigo sobre as diversas teorias que defendem que a ida à Lua foi uma fraude. A dada altura a jornalista escreve, como prova de que a teoria da fraude não tem fundamento, que "os cosmonautas da União Soviética apressaram-se a parabenizar os seus rivais"!
A primeira vez que vi este verbo (que até me custa dizer) foi num dos muitos powerpoints lamechas made in Brazil que me enchem a caixa de e-mail. Voltei a vê-lo ou ouvi-lo mais algumas vezes sempre em contextos tropicais.
Esta palavra sempre me pareceu como pertencente ao clube das palavras inventadas, tarefa bastante comum no Brasil, onde se usa muito o sistema usado pelas crianças de todo o Mundo que, quando não conhecem as palavras que exprimem aquilo que querem transmitir, limitam-se a inventá-las. Ontem quando a vi na Visão, resolvi finalmente ir verificar no dicionário se aquilo existe. E existe. Tanto o dicionário da Porto Editora como o da Priberam são unânimes em afirmar que:
parabenizar
(parabém + -izar)
v. tr.
Bras. Dar os parabéns a. = felicitar, parabentear
Ou seja, esta palavra até existe, mas no português (acho que é isso que se chama àquilo) do Brasil. No de cá, no brasileiro de Portugal, usam-se os verbos felicitar ou, se quiserem dar numa de intelectuais, parabentear! Parabenizar em Portugal não existe!
É que, seguindo a ideia de um célebre anúncio de lacticínios, se não formos nós a defender a nossa língua e a nossa cultura, quem a defenderá?

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O regresso da casa arrumada!

Quando na quarta-feira passada reparei que o cartaz do Costa já não estava na Rua Bispo de Cochim em Xabregas, pensei logo, na minha ingenuidade, que ele o tinha mandado retirar por o ter achado de muito mau gosto e um verdadeiro atestado de estupidez ao eleitorado lisboeta.
Puro engano. Afinal apenas mudou de esquina. Antes estava junto à estação de serviço da BP na Infante D. Henrique (virado de frente para quem teve a infelicidade de vir da Baixa e daquele caótico sistema de circulação), agora atravessou a rua e está junto à Rua de Xabregas, de frente para quem segue para a Rua da Madre Deus, encostadinho ao muro que delimita os terrenos da Refer.
A vantagem desta nova localização é que agora não tenho que ver aquela ... porcaria sempre que venho da Baixa.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A quem competirá?

Esta é uma dúvida que eu tenho sempre que viajo na Carris e assisto a certas coisas: a quem competirá zelar para que tal não aconteça?
Ontem, na paragem do 759 (where else?) no Rossio entrou uma mulher com aspecto de depender de certas e determinadas substâncias que além de não ter validado ou pago qualquer tipo de transporte (nem sequer esboçou o gesto de fingir que o pretendia fazer) ainda ia a fumar alegre e despreocupadamente. Como só entraram 3 pessoas (a contar com ela), o motorista daquele autocarro não pode alegar que não viu, pois não houve confusão para tal.
Será que é da competência dos outros passageiros zelar pelo cumprimento da lei? Assim não dá!

Piquena
nota final: quando a tal mulher apagou o cigarro, reparei que no chão havia mais beatas, sinal que já antes alguém havia fumado dentro daquele autocarro. Outros passageiros, o próprio motorista quando parou no terminal?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Os meus módulos

Iniciei hoje a publicação de um novo blog, desta vez dedicado exclusivamente ao modelismo ferroviário, actividade que muito me fascina e apaixona.
Espero que alguns dos que visitam esta Casa do Iberista dêem uma vista de olhos no principal canto dessa casa e, quem sabe, não ficam cativados por esta enorme paixão.
A sala da maquete onde estão os meus módulos fica já ao virar da esquina (do corredor).

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Como deixar de ser "tuga"

  1. Arranja-se maneira de se mamar uns quantos de milhões ao Estado (uma casa em Belgais serve para o efeito)
  2. Faz-se uma birra porque o Estado não faz o que lhe compete (por exemplo, fecha a teta de onde saíam todos aqueles milhões)
  3. Arma-se em virgem ofendida (serve armar-se em artista incompreendido)
  4. Ameaça-se renunciar à cidadania portuguesa (arranjando antes dupla nacionalidade de outro país qualquer - convém que tenha boas tetas dos milhões)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Casa arrumada?

Depois de uma má experiência na natação com umas barbatanas que comprei há dias, de uma viagem no 759 com um monte de burgessos chelenses aos berros numa ânsia desmedida para que alguém lhes desse a atenção que não tiveram na infância e de uma autêntica prova de slalom feita pelo autocarro para sair da zona da Baixa, só me faltava mesmo ter que ficar 2 minutos parado num semáforo a ver um cartaz com a cara do Costa sorridente a dizer "Casa arrumada".
Só me gozam!

Adenda no dia 6 de Julho
Hoje fiz as pazes com as barbatanas (menos com a que ficou no pé direito) e os burgessos chelenses devem ter ficado na jaula. Continuei a ter que andar aos ziguezagues dentro de um autocarro para sair da Baixa e a ver a mesma cara sorridente do Costa a dizer "Casa arrumada". O pior é não haver alternativa a esse Costa sorridente.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Querem ver que...?

Nos últimos dias tenho voltado a casa de autocarro. Vou de comboio até ao Rossio e daí sigo a pé até à Rua da Alfândega onde apanho o primeiro autocarro que aparece com passagem/paragem em Xabregas. E não é que tenho reparado que demoro pouco tempo desde que saio do emprego até fechar a porta de casa?
Internem-me rapidamente, mas parece que estou a (re)começar a não me importar de andar de autocarro.
'ca nojo!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

As traduções das TVs

As traduções em televisão nunca foram famosas, mas ultimamente têm raiado a imbecilidade, principalmente nos canais por cabo. Se antes havia os clássicos "actualmente" para actually e "realizei" para to realize, agora há toda uma miríade de novos "desenvolvimentos" nesta área, a fazer lembrar aqueles livros brasileiros traduzidos de outras línguas.
  • Num programa sobre investigações policiais: criminal detectives - detectives criminosos;
  • Num programa sobre comboios: fireman - bombeiro (o correcto seria fogueiro);
  • No mesmo programa: engineer - engenheiro (o correcto seria maquinista);
  • Ainda no mesmo programa: track - pista (mas seria alguma corrida?);
  • Noutro programa sobre comboios, referindo-se às locomotivas que executam as manobras no Canal do Panamá: portside - lado do porto (curiosamente a locomotiva do outro lado do canal, a do starboard não estava no bordo das estrelas, mas sim a estibordo);
  • Em vários programas sobre geologia ou astronomia trocam, sistematicamente, as unidades, principalmente de tempo, passando, como vi num destes dias, um período de 200 milhões de anos (na versão inglesa) para uns meros 200 mil anos (na versão portuguesa), já para não falar na sempre confusa transição dos biliões americanos para os milhares de milhão europeus.
Se quiserem completar a lista... be my guests ou traduzindo usando esta "escola", estar os meus hóspedes.