segunda-feira, 9 de março de 2009

Crise? Mas qual crise?

Por todo o lado sugem notícias alarmantes da gravíssima crise económica e financeira que se abateu sobre todo o Mundo. Os bancos deixaram de emprestar, os consumidores deixaram de consumir, os vendedores de vender e os produtores de produzir. Tudo entrou em colapso, segundo dizem.
Contudo, nas últimas semanas, aconteceram-me duas coisas que me fizeram duvidar de tudo isto.
A primeira teve origem num dos dois bancos de que sou cliente. Ligaram-me um dia para o telemóvel a perguntar se eu tinha recebido em casa uma carta a indicar que me tinham dado crédito pessoal pré-aprovado. Não a tinha recebido na altura, mas a carta apareceu-me em casa passados uns dias (por culpa dos CTT a fazer fé na data que lá constava). Perguntaram-me também se eu não estava interessado naquela oferta. Afinal de contas estavam-me a oferecer crédito pré-aprovado. Respondi-lhes que não estava interessado e que quando precisasse de dinheiro eu iria ter com o banco. Contra-responderam: mas não está mesmo? Olhe que já está pré-aprovado. Aí saltou-me a tampa e respondi-lhes de maus modos: não é por me darem um crédito pré-aprovado que eu vou a correr a gastar dinheiro estupidamente. Eu não preciso de nenhum crédito pessoal, perceberam? Quando precisar eu vou ter convosco, OK?
Fica aqui a prova de que a crise financeira não existe e que a história dos bancos não emprestarem dinheiro com tanta facilidade é treta.
A segunda história ainda não teve epílogo. Há duas semanas dirigi-me a uma carpintaria para encomendar uns módulos em contraplacado para a minha maquete. Disse-lhes o que queria, deixei-lhes o contacto e... Durante uma semana não aconteceu nada. Passada essa semana resolvi voltar lá. Tinham-se esquecido de me ligar a perguntar se podiam usar placas de 8 mm em vez das de 10 mm. Claro que podem usar. Não são menos 2 mm de espessura que vão dar fragilidade à coisa. Passado 2 ou 3 dias ligaram-me. Estavam com dúvidas numa coisa e precisavam de uns esclarecimentos. Lá lhes dei os esclarecimentos pedidos. Hoje, duas semanas depois, ainda estou à espera de dois módulos (ou das peças cortadas, mesmo que não estejam montadas) de 40x92x10 cm mais duas placas de 32x92 cms.
Assim cai o segundo mito desta crise, o de ninguém comprar nada e isso provocar uma reacção em cadeia em toda a economia. Comprar até quero, mas aparentemente ninguém quer vender!
Imaginem o que seria a minha vida se:
  1. Os bancos andassem a conceder créditos a torto e a direito;
  2. O consumo fosse tão desenfreado que os fornecedores não conseguissem dar resposta a tanta procura.

1 comentário:

  1. É oficial. A crise não é para todos. Alguns até tem bancos a correr atrás da sua atenção:)

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