quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Bicicletas

Há uns dias, uma das minhas ligações do Facebook escrevia qualquer coisa sobre uma coisa chamada "1ºs. Estafetas de Bicicleta de Lisboa", congratulando-se com as zero toneladas de emissões (os ciclistas não respiram nem sofrem de flatulência?)!
Claro que com o meu mau-feitio lá me senti na obrigação de fazer aquilo que sempre faço quando me falam de bicicletas em Lisboa: queixar-me dos ciclistas nunca pararem em semáforos ou passadeiras ou usarem tudo como faixa de rodagem! E, novamente claro, que houve quem se tivesse picado com isso e dissesse logo "e quando os peões não passam na passadeira ou atravessam com o sinal fechado ou ...?".
Pois bem, depois dessa interessante troca de mensagens eu já ia sendo atropelado por três vezes e sempre por bicicletas e em sítios onde não era suposto havê-las. A primeira foi, imagine-se, dentro da estação de caminhos-de-ferro do Cais do Sodré, no átrio junto ao Pingo Doce. Poucos minutos depois aconteceu-me a segunda, com um xico-esperto de duas rodas e pedaleira a quase albarroar-me quando eu estava calmamente parado na paragem do 781. A terceira foi ontem na Rua Augusta (curioso, tenho quase a certeza de lá existirem sinais de trânsito proíbido), quando tive que me desviar de algumas pessoas e por pouco não levava com mais um bicicletista que me apareceu por trás.
E estas foram só comigo. Poderia também contar outras semelhantes a que assisti, mas com outras pessoas, ou a do ciclista que teimou em passar entre o passeio e os autocarros que estavam parados na paragem do Sul e Sueste com passageiros a entrar e a sair...
Já agora, naquela corrida de ontem, patrocionada pelo Costa do Munícipio, alguém viu por onde e como foi o ciclista? É que de metro não há muito a dizer, o percurso é sempre o mesmo. No Porsche foram dando imagens em vários pontos do trajecto (sempre parado, ou não fossem os semáforos de Lisboa temporizados propositadamente para fazerem parar o trânsito), mas quanto ao ciclista não se mostrou nada. É que eu tenho curiosidade em saber como conseguiu ele fazer o percurso Campo Grande-Rossio mais depressa que o metro! Terá parado nos semáforos ou respeitado os sentidos de trânsito?

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