domingo, 25 de janeiro de 2009

Eu não entendo

Nunca entendi as razões evocadas pela actual equipa na CMLisboa para o fecho ao trânsito do Terreiro do Paço aos Domingos e agora, com as obras a ocuparem a placa central, ainda menos.
Consultando o site da CMLisboa verifica-se que todas as actividades anunciadas se realizam ou dentro de edifícios ou em páteos interiores ou ainda debaixo das arcadas do lado nascente, poente e norte. Para a placa central anunciam "CASTANHAS, PIPOCAS, FARTURAS E OUTRAS GULODICES"!
Ora, sendo todas as actividades realizadas em locais onde nunca passam automóveis, não se percebe o motivo daqueles cortes e desvios de trânsito. Para me "baralhar" ainda mais o pensamento, o trânsito é desviado precisamente para onde há actividades e, supõe-se, maior concentração de peões. Assim temos:
  1. todo o trânsito que atravessa a Baixa no sentido nascente-poente e vice-versa é forçado a passar pela Praça do Munícipio, local que não está preparado para receber tantos automóveis e onde nem sequer há passadeiras semaforizadas, apesar de, curiosamente, nos Paços do Concelho haver sempre actividades aos Domingos
  2. na Praça do Comércio o topo norte mantém o trânsito dos restantes dias, ou seja, transportes públicos. Mais uma vez o trânsito é desviado precisamente para onde há actividades.
Junto ao rio, onde nada é anunciado é proíbida passagem! O mais grave disto tudo é que parece que estão contentes com os resultados e vai daí agora até querem espalhar esta "vírose" aos restantes dias da semana.
Pessoalmente acho que esta é a forma mais rápida de acabarem de vez com o centro histórico da cidade. Pode ser que, no futuro, ainda se dêem ao trabalho de manter as fachadas dos edifícios, criando assim um verdadeiro museu ao ar livre, com umas bonitas peças imobiliárias sem qualquer uso, e com a Baixa a abrir todos os dias, excepto segunda-feiras, das 10:00 às 18:00, tal como acontece com qualquer outro museu.
Se houver uma boa explicação para todas estas "medidas", por favor, digam-me qual é, porque eu não a consigo descortinar.

Sem comentários:

Enviar um comentário