sábado, 31 de janeiro de 2009

Do sorriso à gargalhada incontida

Andei hoje pela segunda vez nos novos articulados da Carris, os quais possuem sistema de anúncio de paragens tal como existe no metro e nos comboios. Da primeira vez que andei havia alguma coisa desregulada pois só se ouvia a campainha e depois uma voz muito sumida de uma senhora, tão sumida que não deu para ouvir patavina.
Hoje foi diferente. Tanto a campainha como a senhora mantiveram-se ao mesmo nível e foi isso que me fez passar por uma vergonha.
Notei que o sistema é mais lento que o autocarro, o que faz com que muitas paragens sejam anunciadas quando já lá vão. Depois verifiquei mais uma característica do sistema: as mensagens não foram gravadas tal como acontece noutros meios de transporte! A Carris (ou quem vendeu o sistema à Carris) optou por usar um daqueles softwares que traduzem os textos para voz, a qual, por sua vez, tem sempre um timbre robotizado. Isso fez-me sorrir quando comecei a ouvir tais mensagens.
Para ajudar à festa apareceu a meio do caminho a outra característica deste tipo de ferramentas: a incapacidade que elas têm de reproduzir certos fonemas da língua do Camões e do Eça. O resultado foi eu ter passado pela vergonha de me ter desatado a rir à gargalhada quando foi anunciado o "Campo d' Cib'Uólas" (lê-se cibe-pequena pausa tipo soluço-uólas).
Aparentemente mais ninguém naquele autocarro percebeu a piada!

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