sábado, 31 de julho de 2010

A semana que passou

Foi uma semana atípica.
Houve dias de demasiado calor, principalmente para quem 25ºC já são demais.
Em Lisboa começa-se a sentir o cheiro de Agosto, principalmente pela redução de passageiros nos comboios à hora de ponta, mas, ainda mais notória, pela redução de horário da Carris.

Também se houve falar muito da Carris, mas pelas alterações da nova fase da Rede 7, implementadas há pouco mais de um mês. Ninguém ficou satisfeito! E é curioso ver/ouvir agora pessoas que me criticavam por eu criticar a empresa mais a sua redefinição de rede virem agora fazer o mesmo. Para esses novos críticos a diferença entre o "antes" e o "depois" é meramente geográfica: não andavam por zonas que já tivessem sido afectadas pela Rede 7. Agora já percebem por que reclamei (ainda reclamo?) eu tanto.

Outra grande medida de gestão veio do grupo Jerónimo Martins, que resolveu acabar com a marca "Feira Nova" e concentrar tudo na marca "Pingo Doce". Até aqui tudo bem, tanto se me dá que se chame "Manel" ou "Jaquim". O problema está no resto: agora vai-se aos antigos "Feira Nova" e é um desconsolo, principalmente na parte dos frescos. E o resultado já se nota, como o supermercado cheio, mas com quase ninguém a comprar nada de hortaliças ou frutas. Simplesmente não há ali nada que apeteça comprar! Felizmente que nessa parte dos frescos o Lidl marca pontos!
Pingo Doce, eu é que não volto lá! (para ser lido cantando a canção do anúncio do Pingo Doce)

Mas a semana fica mesmo marcada pela morte do António Feio. Foi com ele (e o José Pedro Gomes e outros da mesma geração) que eu comecei a ir ao teatro e a gostar de ir ao teatro. Antes ia ao teatro quando me obrigavam a ir na escola e geralmente saía de lá sem perceber patavina do que tinha visto ("mas a peça era sobre o quê?", perguntava eu aos meus colegas). Com as peças encenadas pelo António Feio nada disso acontecia. Aquilo que estava naquele palco eram "fotos" do que se passava na rua, no dia-a-dia. Eram pessoas normais, não eram metáforas ou símbolos, como sempre acontece no teatro dito sério. Ainda há muitos da mesma "escola" dele, mas como ele... Tenho medo de passar a ir menos ao teatro a partir de agora.
Que pena e que vazio!

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