quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Certificações da Qualidade

Li no Destak de hoje que a CERTIF, que segundo o artigo é uma “instituição que tem vindo a colaborar com os vários operadores de transportes públicos” na obtenção das certificações da qualidade, concluiu a “elaboração dos requisitos técnicos que permitirão avaliar a qualidade do serviço prestado pelas redes do metro”.
Quer este relambório todo dizer que depois de algumas empresas de autocarros (e eléctricos no caso da CCFL) e ferroviárias (CP e Fertagus) a praga das certificações da cólidade vai agora atacar os metros (enterrado em Lisboa, desenterrado no Porto e atascado em Almada).
A vantagem destas certificações é, segundo a CERTIF, o aumento da procura dos transportes públicos.
Confesso que não entendo como é que tal é possível: as certificações de qualidade não têm qualquer efeito prático no fim dos atrasos dos transportes, continuo sem ter lugar sentado no comboio, deixei de andar nos autocarros da CCFL, depois de muitos anos a usá-los e sem estarem certificados. Esta gente esquece-se que o que as pessoas querem é isso mesmo: transportes com horários apelativos, com o mínimo de atrasos, com percursos adequados às necessidades de quem os utiliza, com transbordos e tempos de transbordo o mais minimizados possível. Se nada disto existe o pessoal está-se nas tintas para o autocolante ou cartazes a dizerem “Empresa Certificada”.
E como disse, antes da CCFL ser certificada eu era cliente, agora que ficou certificada passou a ter muito menos qualidade e eu deixei de ser cliente.

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