segunda-feira, 17 de julho de 2006

Não percebo

Nesta anedota de país, que é o nosso, temos duas anedotas ainda maiores que se chamam Madeira e Alberto João Jardim.

O segundo manda despoticamente na primeira e, pelos vistos, também no resto do país. Ou mandava.

Mercê das cabalas e outras operações de gestão menos claras, a Madeira foi e é um sugadouro dos dinheiros públicos portugueses. São ajudas por serem uma ilha, são ajudas por serem pobres e são ajudas por mais algumas razões que eu nem sequer imagino.

Agora parece que já não são pobres, diz a União Europeia, e por isso vão deixar de receber as ajudas por serem isso mesmo. Como as finanças da ilha-estado não estão nas melhores condições, o despótico Jardim veio logo todo alvoraçado a dizer que o Continente, essa terra onde, segundo o despótico, só habitam seres execráveis, teria que dar mais ajudas para equilibrar a coisa. Os de cá fizeram-lhe um lindo sinal com o dedo médio esticado na vertical com a ponta virada para cima.

É caso para dizer: FINALMENTE!

Nunca consegui perceber o porquê de tanta ajuda para a Madeira. Nem sequer percebo o que ganha este país por manter a Madeira como parte integrante do território nacional. Mas finalmente gostei de ver um político continental a dizer NÃO ao despótico e ainda por cima a exigir-lhe contas e explicações para saber como chegou a Madeira onde chegou em termos de finanças.

E como dizia o Miguel Esteves Cardoso há uns anos, se colonialismo é um sistema onde um país vive à custa de outro, então tornemo-nos independentes da Madeira.

E bardamerda para o despótico que sempre viveu à nossa custa e ainda por cima sempre nos achincalhou. Como é que isto aconteceu? Não sei, nem percebo.

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