sexta-feira, 16 de março de 2012

Carris desalinhados

Algo vai mal no sector da Carris responsável pela informação ao público.
Desde a informação sobre alterações de serviço, sejam provisórias ou "mais definitivas", até aos mapas das duas redes, nada parece correr bem naquela empresa ultimamente.
Há informações que aparecem fora de prazo, como aconteceu no princípio deste mês, quando andavam demasiado ocupados a alterar os horários: só na segunda-feira, dia 5, é que apareceram avisos de alterações devido a eventos ocorridos... no fim-de-semana de 3 e 4!
Noutros casos, a informação nem aparece. Na terça-feira dia 6, as obras na Praça do Comércio obrigaram a alterar a localização das paragens, acção efectuada a meio do dia (por culpa da C.M.Lisboa, o seu a seu dono), ficando todas elas fora da praça e da linha de vista de quem as procurava no local habitual. Até hoje, dia 16, a empresa não foi capaz de publicar em parte alguma um aviso com a localização das várias paragens!
Já esta semana, não sei se ontem, se hoje, nova alteração de trânsito na mesma zona e nova alteração de paragens e até de percursos de carreiras e, mais uma vez, nada de informação sobre as mudanças.
Exceptuando o aviso sobre a greve que hoje termina, quem vai ao site da empresa apenas vê inutilidades como campanhas promocionais, convites para visitar exposições e pouco mais.

Mas, como disse logo de início, não é só neste tipo de informação que as coisas andam mal. Também os actuais mapas da rede, tanto diurna como nocturna, editados pela empresa já com as alterações do dia 3 são uma amalgama de erros, alguns que se repetem da versão anterior.

No da rede diurna há bairros que mudaram de sítio, o Hospital Militar passou da Estrela para o Palácio de S.Bento, a Av. General Roçadas que na "vida real" é uma recta com uma ligeira curva junto à Praça Paiva Couceiro, é na planta da Carris uma recta com um pronunciadíssimo zig-zag para acertar com a referida Praça.
Há carreiras que apenas têm um terminal, havendo um caso particular, o da 797, que nem percurso tem (deve passar o dia a dar voltas ao Largo de Sapadores)! Ainda nessa zona, ficamos a pensar que a carreira 30 segue pela mesma rua que a 735, separando-se algures a meio dessa rua, voltando-se a juntar mais à frente, quando na realidade ambas se separam em Sapadores, indo a primeira pela Rua da Penha de França e segunda pela Av. General Roçadas, juntando-se, realmente, ambas em frente à Escola Nuno Gonçalves.
Outras carreiras terminam a meio do seu percurso, apesar de mais à frente no mapa o seu número ainda figurar (caso do 760 que "termina" no Desterro, mas continua a subir até ao Campo dos Mártires da Pátria, mas já não aparecendo em Gomes Freire, terminal real da carreira)! E falando em Desterro e Campo dos Mártires da Pátria, por que motivo alguém achou por bem ligar estes dois nomes através de outros tantos traços a duas bolas situadas em cima da Almirante Reis?

Temos depois os casos das carreiras-fantasma. Na 2ª circular apenas passa a "cinzenta" 750, mas a planta mostra uma outra linha, azul, de uma carreira que terminou há um ano, a 780! Outra carreira-fantasma aparece na planta da rede nocturna/madrugada: a carreira 203 (Boa-Hora - Chelas) terminou a 3 de Março, mas por algum motivo alguém resolveu deixar uma linha no seu percurso entre Santo Amaro e Chelas! Restos de algum outro plano em que o 203 ainda figurava? O que sei é que no mapa da Rede da Madrugada aparece agora uma carreira transversal, não numerada, e que faz toda a primeira circular, com prolongamento a Chelas, via Bº. Madre de Deus, à qual não corresponde qualquer carreira real!

E perante toda esta confusão informativa, ainda somos brindados com comentários jocosos feitos por alguns tripulantes num conhecido blog, onde se fica a saber que os passageiros são ignorantes.
E têm de facto toda a razão!

5 comentários:

  1. Continuo a achar que devias mandar um mail à administração da Carris a informar dos tripulantes que dizem que os passageiros são ignorantes...

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  2. Mas eles têm razão! Nós não fazemos ideia do que se passa! :)

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  3. Na verdade é lamentável que as alterações feitas, decerto em cima
    do joelho, não tivessem sido claramente expostas para informação
    dos passageiros. Nos dias de hoje as tecnologias deviam ajudar
    a ser mais eficiente a informação, mas se calhar é o contrário.
    Mandei um mail a fazer um protesto por terem encurtado o percurso
    da carreira 70, num sítio onde a alternativa é passar por cima
    de uma ponte aérea, que não oferece segurança por ser muito
    isolada. São poucas paragens anuladas, o que numa rede tão extensa como a Carris, deve ser uma poupança irrisória.
    Tenho quase a certeza que nada vou conseguir, mas pelo menos
    fico com a sensação que fiz o que devia, protestar.
    M.Julia

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  4. Vale sempre a pena expor claramente o que nos parece lógico.
    A partir de 2ª feira a carreira 770, retoma o seu percurso
    anterior. Fiquei satisfeita. Por mim e pelos outros a quem
    tanta falta fazia aquele autocarro.
    Boa semana!
    M.Júlia

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  5. Os moradores do Bairro do Calhau estão realmente de parabéns. Não fazia qualquer sentido privar aquele bairro de transportes públicos, depois de, por volta de 2000, terem corrigido um mal que durava desde 1971, altura em que se fechou a passagem de nível da Cruz da Pedra.

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