sexta-feira, 30 de abril de 2010

Praça do Comércio

Finalmente consegui ver como está a Praça do Comércio à luz do dia e não gostei nada do que vi!
Só de olhar para aquela placa central em cimento (é o que parece) e para aqueles passeios das laterais em lajes de lioz dá calor!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Greve nos transportes II

Estamos no ano 2010 depois de Jesus Cristo. Toda a gente que podia evitou usar os transportes... Toda? Não! Uma faixa etária constituída por idosos irredutíveis não evitou e continuará a não evitar usá-los. E a vida não foi fácil para quem não teve alternativa a não ser usá-los...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Greve nos transportes

A visão "optimista"

 A visão "pessimista"


Como utente dos transportes públicos prefiro, vá-se lá saber porquê, que me digam logo que não vai haver nada, mesmo que depois haja, do que o contrário!

Adenda a 27 de Abril, dia das greves: afinal nem uma das visões era optimista nem a outra era pessimista. Ambas eram realistas!

domingo, 25 de abril de 2010

Onde é que eu estava no 25 de Abril?

Em casa!
Com 23 meses, o 25 de Abril passou-me completamente ao lado.
Só sei o que me contaram. O telefonema de um entusiasmado colega do meu pai, manhã cedo, com o conselho de "não saiam de casa", seguido de muitos mais telefonemas para familiares e amigos a repetir o mesmo.
Do resto desse dia só sei o que todos sabemos.
Ficam também as histórias dos dias e meses imediatamente a seguir, como a de um taxista que uns dias depois felicitou a minha mãe, grávida da minha irmã, por "o seu filho já" ir "nascer em Liberdade".
Mas de muitos sobressaltos se fez a nossa Liberdade. A minha mãe foi apanhada num desses sustos, quando ia comigo e a minha irmã, entretanto já nascida para a vacinação a 11 de Março do ano seguinte quando, de repente, começa um vai-e-vem de aviões militares pelos céus de Lisboa. Só posso imaginar a aflição dela, a tentar chegar a casa no meio de toda aquela confusão.
O 25 de Abril e tudo o mais que se lhe seguiu pode-me ter passado ao lado, mas não me passou  ao lado esta alegria e este privilégio que é o de poder pensar, ler, ouvir e falar sem medo.
Que viva o 25 de Abril por muitos e longos anos!

sábado, 24 de abril de 2010

Motorista à moda antiga

Há muito que não viajava de autocarro "fora de horas". Fi-lo ontem e surpreendeu-me pela positiva o motorista que me trouxe até casa.
Começou logo no terminal dos Restauradores, onde chegou cerca de 15 minutos antes da partida, abrindo pouco depois a porta para que os dois únicos passageiros que lá estavam pudessem entrar e esperar comodamente dentro do autocarro. Foi uma atitude que mereceu um sentido "boa noite" de mim e da outra passageira, principalmente porque neste mesmo terminal e a horas bem mais "civilizadas" são muitas as vezes que os passageiros têm que ficar a mercê do tempo que faz, enquanto os motoristas se deixam ficar até à hora de partida ou do outro lado dos Restauradores ou já na paragem, mas de porta fechada.
Às 23:40, quando o autocarro já ia arrancar, aparece um homem a correr vindo do lado da D. João da Câmara. O motorista abre a porta sem qualquer problema, ao contrário do que  acontece com muitos dos seus colegas, e deixa-o entrar. Afinal o tal passageiro, turista a arranhar um espanhol com forte sotaque do norte da Europa, não pretendia apanhar aquele autocarro mas sim dizer que tinha perdido a carteira (provavelmente roubada) no autocarro de onde tinha acabado de sair, um 36 em direcção ao C.Sodré. Mais uma vez, o motorista prontificou-se logo a ajudá-lo, fazendo uma chamada por rádio para a central, avisando de que poderia estar uma carteira perdida no 36 que ia a caminho do C.Sodré. Feito isto indicou ao turista que o outro autocarro voltaria a passar ali "mas ainda vai demorar e é do outro lado".
Durante o caminho houve duas tentativas de entrada indevida no autocarro, todas elas assinaladas pelo motorista, demonstrando assim que mesmo à meia-noite é possível cumprir essa parte do serviço, coisa que durante o dia raramente se vê fazer. Numa delas o passageiro acabou por validar o título, na outra situação a "quase-passageira" saíu do autocarro sem "piar".
Espero que haja motoristas da Carris a lerem este relato e que a postura deste seu colega lhes sirva de exemplo para praticarem um serviço que seja realmente de qualidade, sem necessidade de ISOs e outras certificações.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lá se foi a minha escola!

Quando vim do trabalho reparei num carro de bombeiros e noutro da polícia parados junto à Patrício Prazeres, mas não liguei, pensei que fosse mais um acidente.
Em casa disseram-me que tinham visto uma tromba de água no Tejo e na TSF noticiavam que um tornado tinha provocado estragos na zona das Olaias, Alto do Pina e Paiva Couceiro.
Agora no Telejornal juntaram as três coisas e lá vi a minha Patrício Prazeres (que saudades) com árvores derrubadas, muros feitos em cacos e sei lá que mais.
Afinal o tornado fez mais estragos do que se poderia supôr inicialmente: Olaias, Escola António Arroio, Alto do Pina, Paiva Couceiro, Alto de São João, Centro de Saúde de São João - Extensão Júlia Moreira, Escola Patrício Prazeres e os antigos armazéns da Estação de Santa Apolónia.
Felizmente que não há notícias de que alguém se tenha magoado.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Uma aventura nos transportes públicos

Primeiro foi com o comboio. Alguns minutos depois da hora surgiu nos altifalantes da Estação de Campolide a primeira mensagem, gravada, a informar que o comboio de Alcântara-Terra para Castanheira estava atrasado 5 minutos. Passaram-se esses 5 minutos e no lugar dele apareceu um comboio da Fertagus. Depois veio outro aviso de que estava atrasado mais uns minutos. Quando parecia que ia ser daquela vez afinal o que lá vinha era o Pendular. E, finalmente surge o comboio, com a bandeira de Reservado: mau! Mas trazia gente lá dentro! Assim que pára todos saem de lá ao mesmo tempo que é dito, numa mensagem não gravada, que aquele comboio terminava ali a sua marcha por motivos técnicos, mas que iria sair um outro comboio da linha número 1. Correria para a linha 1, que nem sequer está sinalizada. Muita gente perdida na Estação de Campolide à procura de uma linha 1 que só é usada para comboios fora de serviço e que tem poucas condições para uso público. A entrada para ela é feita por duas portas duplas, mas apenas uma delas estava aberta e mesmo essa apenas metade permitia a passagem. Lá se conseguiu chegar junto da linha 1 onde para além de não haver cobertura (e estava a chover) também não havia comboio. E entretanto já se tinham passado cerca de 20 minutos desde a hora prevista de partida. Ao 25º minuto informam que afinal o comboio já não ia sair da linha 1, mas sim da 6 (ou seja, o substituto não foi feito e o que lá vinha era o comboio seguinte). Como não me apeteceu ir num comboio que iria fazer o serviço de dois, optei por ir para a linha número 4, onde à hora certa passou o comboio para o Rossio. Depois apanharia o autocarro.
E aqui começa o segundo capítulo. Parece simples e lógico ir de Campolide-Gare para o Rossio para apanhar um autocarro nos Restauradores, mesmo em frente à Loja do Cidadão. Mas não é, ou não estivessemos a falar do 759! Cheguei à paragem e não vi ninguém, sinal de que teria acabado de sair um autocarro. Do outro lado da Praça vi um 759 lá parado. Como no 759 a frequência "oficial" é relativamente elevada àquela hora deixei-me ficar. Um minuto antes da hora de partida indicada na paragem, o autocarro arranca do outro lado da Praça em direcção à Avenida e voltando para os Restauradores. Nova surpresa: a bandeira dizia "Reservado" (estão a ver, senhores da Carris, afinal não é só às 8 da noite e quando vão recolher que os autocarros seguem como "Reservados" sabe-se lá para onde). Depois disso ainda fiquei lá uns 5 minutos, mas como não apareceu mais nada resolvi fazer o que deveria ter feito assim que saí do comboio: ir até à Rua da Alfândega onde passam carreiras de autocarro (o 759 é uma disfunção de autocarro). Finalmente, por volta das 18:40, mais de uma hora depois de ter saído do emprego, que fica a escassos 4 Km (se tanto) da Rua da Alfândega, lá consegui entrar num autocarro que me levava a casa e 15 minutos depois, quase 90 minutos depois de ter saído do emprego, que fica a 6 ou 7kms de distância de minha casa, lá meti a chave na fechadura.
E os comodistas dos portugueses ainda preferem andar de automóvel!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mistérios

Desde que abriram na zona de Xabregas os centros de apoio a tudo quanto é marginal que os moradores ou trabalhadores da zona se habituaram (ou não) a conviver com drogados e outros viciados, mas ultimamente tem-se notado uma redução neste tipo de população!
Não é que me preocupe grandemente com a sorte que tal gente teve, bem pelo contrário, mas estou curioso quanto a esta nova "tendência": que terá acontecido?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Por comodismo II

Há uns meses atrás, em Agosto do ano passado, escrevi um post sobre os transportes públicos e o alegado comodismo dos portugueses no que toca ao seu (não) uso.
Nesse post realcei o problema da desadequação da oferta às necessidades das pessoas e a completa desarticulação entre os vários meios ou até entre diferentes serviços de uma mesma empresa.
Agora vou-me debruçar sobre outro aspecto desta problemática: o atraso com que os transportes chegam a certas zonas.
Com isto do "atraso" não me estou a referir aos atrasos sistemáticos e aos imcumprimentos de horários. Refiro-me ao tempo que medeia entre, por exemplo, uma urbanização ser construída e a criação dos primeiros, muitas vezes únicos, serviços de transportes públicos para lá.
Por vezes nem se tratam de novas urbanizações ou pólos de emprego, mas apenas mudanças de hábitos, de localizações de empresas ou de construção de novos arruamentos mais directos e que funcionam como alavanca para toda uma alteração dos movimentos pendulares casa-trabalho-casa.
Os primeiros casos, o de novas urbanizações ou de pólos empresariais ou escolares, acontecem frequentemente nas zonas suburbanas, embora dentro das cidades também surjam de vez em quando casos desses. A nova zona surge, começam-se a construir casas ou edifícios comerciais ou industriais que pouco tempo depois começam a ficar ocupados. Nesta altura geralmente ainda não há serviço de transportes públicos para essas zonas, normalmente por "a procura não justificar". As alternativas para quem lá mora ou trabalha passam, claro, por ir a pé até ao local mais próximo com transportes públicos ou ir de carro.
O mesmo acontece com os segundos casos. Veja-se o caso da ex-Expo que sendo uma zona nova,não o é enquanto zona urbana, pois antes já lá havia equipamentos (industriais) e a zona até era servida de transportes públicos. Durante as obras de construção da exposição esses transportes foram ou desviados ou encurtados e no final da exposição ganharam-se novos pólos habitacionais e de serviços... mas sem transportes!
Inicialmente os transportes da zona resumiam-se ao centro de toda aquela área, onde foi construída a Estação do Oriente, com uma estação ferroviária e uma de metropolitano, servida por várias carreiras de autocarros urbanas, suburbanas, e de longo curso. Como "herança" da exposição ainda funcionou durante algum tempo o terminal da Transtejo, também junto à Estação do Oriente, tendo sido abandonado por "falta de procura". Para as "pontas" de toda aquela área imensa (zonas Sul e Norte) era o "deserto", ou quase. Imediatamente a seguir ao fim da exposição foi criada uma carreira para servir a zona norte (o 114), mas que apenas funcionava aos dias úteis e apenas durante o dia fazendo a ligação à Estação do Oriente. Mais tarde a carreira foi prolongada à zona Sul, mantendo o mesmo horário. Mesmo as ligações ferroviárias ou por metro no Oriente não eram as mais apetecíveis. O metro oferecia a tão necessária ligação transversal, mas completamente coxa, ligando-se ao resto da rede apenas através de outra linha, isto durante 11 longos anos. A CP tinha (e continua a ter) um serviço no mínimo sofrível com ligações razoáveis à linha de cintura  apenas à hora de ponta, sendo nos outros períodos de tempo um serviço pouco apetecível, de meia em meia hora e com uma "interrupção" de hora e meia todos os dias úteis a partir das 22 (ou por aí).
O resultado desta combinação de factores, aliado a uma boa rede viária na zona foi, mais uma vez, a passagem maciça de utentes para o transporte individual.
E assim se cai na terrível espiral do "não há procura". Tanto num caso (novas urbanizações), como noutro (deslocações de pólos entre zonas diferentes) as transportadoras começam sempre por não criar serviços ou alterar os existentes por considerarem sempre que a procura não justifica mais oferta, revelando uma enorme miopía estratégica. Só mais tarde, quando as zonas estão relativamente consolidadas, é que finalmente se criam ou se melhoram os transportes públicos de e para lá. Entretanto quem lá mora ou trabalha já teve que se valer da viatura particular e quando os transportes aparecem já os hábitos estão muito enraízados e dificilmente mudam.
E é assim que se criam "monstros" como o Tagus Park ou o Parque das Nações, com tremendos congestionamentos de trânsito e sem qualquer sinal de melhorias no que quer que seja.
E, como sempre, é mais fácil dizer que é por comodismo que as pessoas não usam os transportes públicos.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sempre alerta

Braço de Prata, câmaras de video-vigilância!
Umas apontam para o chão, outras ficaram com as entranhas de fora, nalgumas restam os cabos e noutras nem isso!