quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Previsão para 2010

Para 2010 o Iberista prevê que a música "I gotta feeling" dos Black Eyed Peas ainda vai pôr todos os portugueses a desejar ouvir de forma ininterrupta e durante 15 dias o jingle do Pingo Doce.
Mas cantado pelo Sr. António Melo de Sousa e Silva.
É lógico, pá!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

50 anos do Metro de Lisboa

Foi há 50 anos que pela primeira vez o Metro de Lisboa circulou comercialmente, na sua famosa linha em 'Y' dos Restauradores à Rotunda (actualmente Marquês de Pombal) bifurcando aí para Sete Rios (a actual Jardim Zoológico) e Entrecampos.
Este 'Y' fazia parte do 1ª escalão da 1ª fase da rede do Metro lisboeta, fase essa dividida por mais dois escalões, sendo que desses dois escalões apenas o 2º foi sendo concretizado ao longo dos 13 anos, tendo sido concluído já em 1972, quando os carris chegaram finalmente a Alvalade.
O 3º escalão dessa primeira fase nunca viu (nem nunca verá) a luz do dia (mesmo sendo em túnel): consistia numa linha paralela à margem do Tejo de Alcântara à Madre de Deus. Para além dos terminais teria estações na Rocha (para servir a estação marítima? Provavelmente), Santos, Conde Barão, Cais do Sodré, Munícipio, Rossio (ligação á linha do 1 e 2º escalões), Madalena, Alfândega, Santa Apolónia e Barbadinhos.
Em fases seguintes a rede expandir-se ia para norte, a partir de Sete Rios e de Entrecampos, para leste, em direcção aos Olivais, a partir da Madre de Deus e ganharia ainda uma terceira linha, a fazer lembrar uma outra anunciada há poucos anos - a das Colinas - que partiria da Madre Deus, cruzaria o 'Y' nos Anjos e na Rotunda, seguiria para o Rato e curvaria em direcção ao rio, ligando-se novamente á linha marginal no Conde Barão. No plano não eram indicadas outras estações intermédias.
A tal linha do 3º escalão não deixa de ser curiosa pelas suas características, mas também pela imagem que nos dá da cidade de Lisboa de há 50 anos. Hoje em dia quem se lembraria de fazer uma linha de metro com estações no Conde Barão ou nos Barbadinhos? Há 50 anos estas eram zonas bastante populosas (principalmente o Conde Barão), situação que nada tem a ver com o que por lá se passa actualmente.
Também é notória a prática, comum nos primeiros 30 anos do Metro, de não haver ligação entre os vários meios de transporte. A nascente da Praça do Comércio/Baixa, a linha tinha uma estação na Madalena (onde ficaria? Junto à Rua da Alfândega, numa posição similar à do lado poente, no Munícipio?), mas não tinha nenhuma junto à Estação do Sul e Sueste (nem sequer passava lá perto). Aparentemente era mais importante dar ligação aos navios que vinham de terras distantes (na Rocha) do que aos da CP que faziam ligação aos comboios que serviam todo o Alentejo (excepto parte do distrito de Portalegre) e Algarve.
E, claro, que a seguir podemos entrar no campo da "ficção urbana". Como se teria desenvolvido a cidade se essa tal linha tivesse avançado? Toda a linha servia zonas que estão actualmente moribundas e à espera da concretização dos muitos planos de desenvolvimento urbano impostos pela CMLisboa, os quais nem fazem nem deixam fazer.
Num dos troços que acabou por ser construído, mas já noutros contexto e linha, a estação "Município" acabou por ser deslocada mais para norte, ficando no centro da Baixa e com ligação via escadas rolantes ao Chiado.
Para o outro lado também o Metro acabou por chegar a Santa Apolónia, mas, tal como aconteceu com a ligação ao Cais do Sodré, em condições completamente diferentes daquelas que os primeiros projectos previam. A estação "Madalena" acabou por ficar mais a sul, junto ao rio, mas sem fazer, para já, uma boa ligação à Estação do Sul e Sueste, também ela num estado lastimável, e a da Alfândega nunca apareceu (curiosamente no projecto inicial da actual linha para Santa Apolónia chegou a estar prevista uma estação intermédia entre esta e o Terreiro do Paço).
Os Olivais, que segundo este planos seriam servidos mais tarde por esta linha, acabaram por ser servidos, tangencialmente, a partir de 1998, mas por uma linha que nem sequer era sonhada nos sonhos mais bizarros dos primeiros planeadores.
E era esta a grande rede prevista pelo Metro de Lisboa para a cidade no final da década de 1950, início da de 1960.
Como teria sido o desenvolvimento da cidade se ela se tivesse concretizado?

sábado, 26 de dezembro de 2009

Feriados

Desde ontem que tenho ouvido na TV e na Rádio (e hoje nos jornais) que temos feriados a mais (história recorrente) e que fazemos muitas pontes e que tudo isso é mau numa altura de crise como a actual.
Questões:
  1. Se os feriados são maus para a economia nacional, porque os trabalhadores deixam de trabalhar, então por que raio nos últimos tempos só se houve falar de lay offs?
  2. O facto de os trabalhadores fazerem pontes afecta as empresas de que modo? Eu já fiz ponte muitas vezes, mas sempre usando o direito de gozar dias de férias. Significa isto que ao não ir trabalhar naquele dia específico passei a ir noutro dia qualquer do ano, no qual eu poderia ter metido o tal dia de férias. Afinal, qual é o problema?
São os dirigentes empresariais que temos! Infelizmente.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Outra vez o mesmo conto de Natal

Há cerca de um ano escrevi sobre a iluminação urbana da zona onde moro e das suas particularidades nesta altura do ano. Como estou preguiçoso, limito-me a dizer que este ano não há luzes de Natal na Rua de Xabregas, mas o resto está como eu descrevi no dia 18 de Dezembro de 2008.
Feliz Natal para todos!

domingo, 20 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

Eco-baralhado

Li agora no DN algumas sugestões da Quercus para um Natal mais "verde". Fiquei foi baralhado por uma delas, que consiste em usar como árvore de Natal uma árvore natural envasada.
Há uns anos (quase) toda a gente mudou para as artificiais pela mesma razão que agora se pede para se usarem árvores naturais envasadas: ter um ambiente mais saudável.
Presumo que as árvores sejam envasadas para que possam ser plantadas depois do dia 6 de Janeiro o que, a meu ver, tornará a coisa ainda mais "verde", principalmente quando todos aderirmos a esta nova eco-modalidade e no dia 7 de Janeiro de cada ano formos entupir as estradas de Monsanto (ou similares) para plantar as árvores! Sim, porque dúvido que alguém vá com árvore a pé, de transportes públicos ou de bicicleta!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Cagaço

A terra tremeu, assim como a minha cama e eu acordei. Ainda tive tempo de ouvir um "ronco" ténue vindo não se sabe de onde e o barulho do móvel a estremecer. Depois tive dificuldade em voltar a dormir. Aproveitei para ouvir as notícias na rádio às 2:00, 20 minutos depois.
Hoje ao serão, ao arrumar algumas coisas bati no tal móvel, que estremeceu com o impacto. Nem imaginam o arrepio que me passou pela espinha ao ouvir aquele som! :(

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Previsão meteorológica

Estava hoje de manhã cedo a tomar o pequeno-almoço enquanto ouvia o noticiário da TSF. Chegado ao fim e depois de terem estado algum tempo a falar da bola, a emissão muda para o locutor de serviço que informa que "em Berlim estão dois graus negativos", seguindo-se a mesma informação para Lisboa, Porto e Faro. Berlim!? Só depois é que associei aquela informação ao que tinham estado a dizer antes, sobre a bola, altura em que eu não liguei muito ou mesmo nada ao que ouvia.
Nos 20/25 minutos de caminho até ao comboio, e enquanto me tentava abrigar do vento cortante que me batia na cara, fiquei a pensar naquela informação e, principalmente, na forma como a mesma é transmitida. E comecei a pensar que já há muitos anos, desde o aparecimento das TVs privadas e das suas "boas abertas", que em Portugal não se tem informação meteorológica de qualidade, salvo durante a manhã e ao fim da tarde na RTP1. Nas rádios passa-se o mesmo. Por exemplo, na TSF a informação meteorológica é dada, geralmente, a grande velocidade e ainda com uma músiquinha de fundo que não serve para nada a não ser dispersar a atenção do ouvinte (porque será que não usam o mesmo sistema quando falam de futebol?).
Felizmente para mim que existe a internet onde através do INM fico a saber sempre qual a previsão do tempo para os próximos dias e, se o quiser, o porquê do tempo ir estar assim ou assado. E quem diz a informação sobre as previsões do tempo, diz sobre tudo o resto. Na internet posso ter acesso às notícias que realmente interessam filtrando toda a papagueada futebolística, a relevante notícia sobre o maior mastro de bandeira do Mundo ou a pertinente novela do padre que fugiu com a paroquiana (refiro-me à paroquiana boazona, não é à velha que se senta todos os Domingos na primeira fila do lado esquerdo).
Assim vai o Mundo da informação.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Há dias em que ficamos lamechas


Hoje resolvi suportar o trabalho ouvindo Xutos. Não peguei nos últimos discos, mas sim no (já?) velhinho "88". Costumo ouvi-lo apenas escutando-o e saboreando-o, mas hoje, vá-se lá saber porquê, vieram-me ao de cima todas as recordações que aquele som me traz, daquele período da vida em que as preocupações ainda não existem, mas nós nem nos apercebemos disso.
Pena o tempo (e principalmente nós) não poder voltar para trás!

domingo, 13 de dezembro de 2009

A sociedade em que vivemos

Este fim-de-semana foi, para mim, rico em "experiências sociais"!
Ontem fui à Baixa de autocarro e como senti que estava com frio e a janela ao lado do lugar onde me sentei estava aberta fechei-a. No banco atrás de mim ia um jovem daqueles que agora se usam, a fazer cara de imbecil para parecer aos outros que é mau como as cobras e que se pôs com apartes dizendo, "estás armado em parvo, a fechar a janela por isso agora vou-te chatear até sair". E assim foi a viagem toda. Quando me levantei para sair o jovem lá abre a janela e pôs-se, em voz alta para que todo o autocarro o ouvisse, a mandar-me para aquilo que ele nem deve saber usar. Limitei-me a virar para ele e fazer-lhe o gesto de silêncio. Lá ficou a oferecer-me porrada, única coisa que ele, coitado, deve poder oferecer nesta época de dádivas.
Hoje recebemos um telefonema que começou logo com um "de onde fala?". "É de Xabregas", respondeu-se de cá. "Deseja falar para onde?", continuamos. "Se não é para onde eu quero falar para que é que lhe vou dizer isso?". E desligou.
Sociologicamente estes dois casos, tão banais quanto os interlocutores com que tive que gramar, revelam o caos a que as relações inter-pessoais chegaram em Portugal. Não se conhecem ou se usam as mais básicas regras de educação, as quais são, a meu ver, a base de qualquer civilização que se preze. Mas revelam também o estado de boa parte das famílias portuguesas, que tirando fabricar rebentos, pouco ou mesmo nada fazem pelas crias que vão parindo ficando, assim, estas pobres personagens numa situação em que pensam que o mundo está todo contra elas, quando, na realidade, elas é que vivem de costas para o mundo.
Assim iremos longe!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Baixa cortada

Assisti hoje, ao fim do dia, às consequências práticas do actual esquema viário da Baixa lisboeta.
No último quarteirão da Rua dos Fanqueiros uma carrinha de valores não respeitou a cedência de prioridade a dar ao eléctrico e o resultado foi a rua ter ficado cortada naquele ponto. Como actualmente não há passagem para a Infante D. Henrique sem ser ou por ali ou desrespeitando todo o código da estrada, dezenas de automobilistas ficaram presos naquela armadilha sem escapatória, o que originou um belo efeito de bola de neve, com a Rua dos Fanqueiros a ficar completamente bloqueada, a qual, por sua vez, bloqueou a Rua do Comércio, que veio a bloquear a Madelena e esta a Rua da Alfândega. Do outro lado, também a Rua de São Julião parou, indo bloquear a Rua da Prata e, mais adiante, a Rua do Ouro, a qual, por sua vez, bloqueou a da Conceição.
É bonito o novo sistema viário da Baixa Lisboeta, não é?

Qual o caminho?

Depois de ter ouvido hoje na rádio o que o Vara disse ontem na RTP (sim, porque ontem não estive para estar a ouvir a Grande Entrevista na RTP), fiquei com vontade de vos avisar: quando não souberem o caminho para a EDP (ou outra) perguntem logo ao porteiro do banco, porque se o fizerem ao administrador arriscam-se a ficar numa carga de trabalhos (vocês e o administrador) e ainda se sentiriam tentados a dar-lhe uma caixa de robalos.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Definição

Inquérito imparcial é termos que responder a um com alguém ao lado a ditar as respostas que devemos dar!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

O minutinho verde (opus 250)

Feriado nacional, manhã passada em casa e lá vi o Minuto Verde. Hoje a sugestão é fazermos a ceia de Natal apenas com produtos biológicos. Ao preço a que estes produtos "bio-amigos-de-tudo" estão se seguissemos este conselho seria caso para dizermos "trabalho para comer".
O "opus 250" vem do facto deste ser duocentésimo quinquagésimo post.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Crise na publicidade

A publicidade está em crise. Mas não é económica, é mesmo de ideias.
Desde os novos anúncios do Pingo Doce, da Popota (neste nem sei ao certo o que está a ser publicitado), passando pelo Sapo com a vozinha irritante e pelo do Axe com um boneco de chocolate, o resultado de todos eles não é cativar-me, mas, pelo contrário, afugentar-me!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Só sabem de política

Belém, cerimónia de entrada em vigor do Tratado de Lisboa. No sistema sonoro alguém coloca Rodrigo Leão. Diz o comentador da SIC Notícias:
- Já se ouve o Hino "da" Alegria.
É o que dá só ligarem aquele cinzentismo que é o mundo da política!
(já agora, o Hino ou Ode à Alegria é o nome do poema que é cantado no quarto andamento da 9ª. Sinfonia de Beethoven que, caso não saibam, foi quem compôs a dita sinfonia).