segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Há coisas que não entendo!

... E esta é uma delas. Toda a gente se queixa quando os transportes públicos circulam cheios e só há lugares de pé (quando os há). Em dias como o de hoje, com boa parte do pessoal de férias, no comboio onde viajei (uma unidade da série 3500, de dois pisos) havia lugares sentados disponíveis à escolha e mesmo assim havia quem fosse ou de pé ou sentado nas escadas, tal como nos dias "normais" em que o comboio vai cheio!
Dá para perceber?

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Imaginem que...

... no próximo Domingo de manhã pretendem ir da zona Oriental de Lisboa para a Ocidental ou vice-versa.
O que fariam?
Seguiam pela marginal fora? Não dá. O Costa da Câmara gosta de ter o Terreiro do Paço fechado aos Domingos, ninguém sabe muito bem porquê.
Pelo Marquês? Pois é, também não dá. Vão fazer
(mais) uma corrida qualquer por aí e o trânsito estará cortado. Aliás, estará aí, na Fontes Pereira de Melo, na Avenida da República, em Entrecampos, no Campo Grande, na Avenida de Berna, na Praça de Espanha e na Columbano Bordalo Pinheiro.
Resultado, se, por acaso, no próximo Domingo de manhã eu quiser ou tiver (sim, porque estarei de prevenção no emprego e posso ser chamado a qualquer momento) que atravessar a cidade de um lado ao outro terei que ir, no mínimo, à segunda circular e só aí poderei fazer tão difícil travessia. E morando eu junto ao rio.
Por favor, deixem-me circular!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Luz de Natal!

Em chegando esta altura do ano é mais que certo: há sempre avarias na iluminação pública, pelo menos, na minha zona. Será por sobrecarga de um sistema sub-dimensionado? Serão as luzinhas e outros enfeites eléctricos existentes quer em casa quer na rua? Não sei nem faço ideia. A única coisa que sei é que hoje tive que fazer mais de metade da minha caminhada desde Braço de Prata a Xabregas numa escuridão quase total apenas atenuada pelas luzes de Natal (essas nunca avariam!), pelos faróis dos automóveis e pelas luzes das várias lojas e outras empresas.
E isto é assim, todos os anos, nesta Santa Quadra cheia de Luz e de Esperança!

sábado, 13 de dezembro de 2008

A anedota

Almeida Santos defendeu ontem na TSF que a Assembleia da República deveria encerrar às sextas-feiras para que os deputados possam ter direito à "vida profissional", pois, segundo ele, "não se paga o suficiente" (aos deputados, claro).
Seguindo a mesma lógica, facilmente se deduz que a maioria dos portugueses deixa de trabalhar logo na segunda-feira a meio da manhã!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Mais lembranças

Voltando ao tema das lembranças, dei por mim a recordar-me das idas à Baixa com a minha mãe. Apanhavamos o autocarro na Rua de Xabregas (que tanto podia ser o 9 como o 46, mais tarde substituído pelo 39) e saíamos, geralmente, na paragem da Rua Augusta, a qual ficava junto à Meia de Vidro, loja especializada em meias e outros artigos do género e onde a minha mãe parava sempre para ver a montra e, por vezes, comprar alguma coisa, para meu desespero (eu e as lojas de roupa...).
Actualmente esta loja está transfigurada em mais uma Calzedonia, igual às outras milhentas. Naquela altura não existiam nenhuma destas cadeias que agora enxameiam o país e isso fazia com que nas lojas da Baixa se encontrassem coisas diferentes. Isso perdeu-se com as cadeias onde tudo é igual de uma loja para outra, até as montras. Essa é, para mim, uma das grandes razões para a Baixa ser o que é hoje em dia (em termos comerciais): ao perder aquela especificidade própria, perdeu também a "razão de ser". Se é para ir a uma Calzedonia, a uma Zara ou a outra coisa qualquer dessas as pessoas preferem ir aos centros comerciais, onde facilmente estacionam os seus automóveis.
Voltando à Baixa de há 25-30 anos...
Aquela paragem, em conjunto com a sua "irmã" da Rua do Ouro (que ficava junto ao cruzamento com a Rua de São Nicolau, o que me convinha pois assim passava sempre pelas montras do Bazar Thadeus e da Biagio Flora) acabaram por desaparecer no início do Verão de 1984, quando o trânsito da Baixa ganhou o esquema que ainda hoje existe (com algumas, poucas e pequenas, diferenças), com o fecho da Rua Augusta ao trânsito automóvel, entre outras alterações. Creio que essas alterações foram efectuadas num fim-de-semana, mas só me lembro do primeiro dia útil "vivido" por elas, estava eu em casa dos meus avós, na Rua de São Mamede (a que fica junto ao ex-Largo do Caldas e onde se situa o Teatro Romano, não me estou a referir à Rua NOVA de São Mamede!). As notícias que chegavam pela rádio relativas ao pandemónio provocado pela falta de hábito e desconhecimento dos novos sentidos de trânsito eram impressionantes: a fila chegava a meio da Avenida da Liberdade! Hoje em dia rimo-nos de tal notícia, pois tal coisa é mais que corrente, é o nosso dia-a-dia. Mas há 24 anos e quase meio não era assim! As pessoas ainda andavam de transportes (mais por necessidade que por vontade).
Tudo isto desapareceu. O trânsito na Baixa continua cada vez mais caótico, mesmo com o metro a chegar ao rio. Os autocarros diminuiram tanto em número de carreiras como em número de pasageiros. Dos eléctricos nem se fala: hoje a Rua da Prata só é percorrida na totalidade pela carreira 15 e a partir da Rua da Conceição também pela 12. Em 1984 eram 4 na sua totalidade (3, 17, 19 e 26) e mais uma a partir da Rua da Conceição (a mítica da 10). Na Rua dos Fanqueiros actualmente já só há a 15, contra as 3, 17, 19, 25 de 1984 (e a 11, "parceira" da 10). Mesmo nos autocarros, da tal paragem da Rua de Xabregas (entretanto deslocada umas dezenas de metros relativamente ao local onde se situava nessa época) já só tenho o 759 para a Baixa. Ao contrário do que acontecia nessa época, agora sempre que vamos para a paragem é uma autêntica lotaria: tanto podemos ficar 1 minuto como quase 1 hora.
Na parte das lojas o panorama não é melhor: as que fecham raramente voltam a abrir e quando o fazem é para ficarem ocupadas por bric-à-bracs de indianos e chineses, lojas que, para mim, pouco ou nada têm de interessante.
Já só falta mesmo tirarem os ministérios que ainda restam do Terreiro do Paço e os bancos que ainda "moram" nos quarteirões junto a essa praça mudarem de poiso para que a Baixa vá de vez à vida.
E isso entristece-me, pois para mim a Baixa sempre foi o centro do meu mundo. Vou muitas vezes a centros comerciais fazer compras, mas acho todos eles sempre impessoais, iguais uns aos outros. E com o problema de que se não encontro ali o que quero, dificilmente encontrarei noutro centro, pois as lojas são as mesmas. E é para isso que a Baixa faz(ia) falta!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Sua Excelência, o Senhor Cagança

Num noticiário televisivo dizia um funcionário da Estradas de Portugal que nos últimos quatro dias as equipas de limpeza tinham trabalhado 24 horas por dia, para tentar manter abertas o maior número possível de estradas tendo que se desdobrar em esforços para fazer isso tanto na zona da Serra da Estrela como nos distritos da Guarda, Vila Real e Viseu.
Logo de seguida entra em cena Sua Excelência, o Senhor Cagança, apresentado como praticante de esqui e a queixar-se que sempre que neva é a mesma coisa, com estradas cortadas e por causa disso fica ele sem poder usufruir do seu hobby no único local em que isso é possível fazer em Portugal.
Coitado de Sua Excelência, o Senhor Cagança.
Que Deus o guarde!